segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Pneumonia


 O que é?

 A pneumonia é uma infecção ou inflamação nos pulmões. Ela pode ser causada por vários microorganismos diferentes, incluindo vírus, bactérias, parasitas ou fungos.
 Esta doença é muito freqüente e afeta pessoas de todas as idades.   Muitas destas, anualmente, morrem por pneumonia. A metade de todos os casos de pneumonia é causada por bactérias e, destas, o pneumococo é o mais freqüente.
Como se desenvolve?
 Normalmente, a doença se desenvolve quando, por algum motivo, há uma falha nos mecanismos de defesa do organismo.
A pneumonia pode desenvolver-se por três mecanismos diferentes:
 Um deles, bem freqüente, ocorre quando a pessoa inala um microorganismo, através da respiração, e este chega até um ou ambos pulmões, onde causa a doença.
 Outra maneira freqüente é quando bactérias, que normalmente vivem na boca, se proliferam e acabam sendo aspiradas para um local do pulmão.
 A forma mais incomum de contrair a doença é através da circulação sangüínea. Uma infecção por um microorganismo em outro local do corpo se alastra e, através do sangue que circula, chega aos pulmões, onde causa a infecção.
Mecanismos de proteção
 É importante lembrar que, em circunstâncias normais, as vias respiratórias (incluindo os pulmões) têm mecanismos eficazes de proteção contra infecções por microorganismos.
 O primeiro deles ocorre no nariz, onde grandes partículas são filtradas, não podendo chegar até os pulmões para causar infecções.
 As partículas pequenas, quando são inaladas pelas vias respiratórias (que levam ar até os pulmões), são combatidas por mecanismos reflexos. Dentre estes estão o reflexo do espirro, do pigarrear e da tosse, que expulsam as partículas invasoras, evitando as infecções (pneumonias).
 Quando as pessoas estão resfriadas ou gripadas, a filtração que normalmente ocorre no nariz e a imunidade do organismo podem ficar prejudicadas, facilitando o surgimento de uma pneumonia.
 Naqueles casos onde ocorre uma supressão dos reflexos citados acima, também há um maior risco de surgimento de uma pneumonia. Esta pode ocorrer quando, por exemplo, uma pessoa dorme alcoolizada, fez uso de sedativos, sofreu uma perda de consciência por uma crise convulsiva ou é portador de seqüela neurológica.
 Os pulmões também possuem um mecanismo de limpeza, em que os cílios que ficam no seu interior realizam, através de sua movimentação, a remoção de secreções com microorganismos que, eventualmente, tenham vencido os mecanismos de defesa descritos anteriormente.
 Estes cílios ficam na parte interna dos brônquios, que são tubos que levam ar até os pulmões. É importante lembrar que este mecanismo de limpeza fica prejudicado no fumante, pois o fumo tem a propriedade de paralisar temporariamente os cílios envolvidos neste trabalho.
 O último mecanismo de defesa da via respiratória ocorre nos alvéolos, onde ocorrem as trocas gasosas (entra o oxigênio e sai o gás carbônico) e é onde agem os macrófagos. Estes são células especializadas na defesa do organismo e englobam os microorganismos que, porventura, tenham vencido a filtração nasal, os reflexos de pigarrear, tossir ou espirrar, além da limpeza feita pelos cílios das vias respiratórias.
O que se sente?
 A pneumonia bacteriana clássica inicia abruptamente, com febre, calafrios, dor no tórax e tosse com expectoração (catarro) amarelada ou esverdeada que pode ter um pouco de sangue misturado à secreção. A tosse pode ser seca no início.
 A respiração pode ficar mais curta e dolorosa, a pessoa pode ter falta de ar e em torno dos lábios a coloração da pele pode ficar azulada, nos casos mais graves.
 Em idosos, confusão mental pode ser um sintoma freqüente, além da piora do estado geral (fraqueza, perda do apetite e desânimo, por exemplo). Nas crianças, os sintomas podem ser vagos (diminuição do apetite, choro, febre).
 Outra alteração que pode ocorrer é o surgimento de lesões de herpes nos lábios, por estar o sistema imune debilitado.
 Em alguns casos, pode ocorrer dor abdominal, vômitos, náuseas e sintomas do trato respiratório superior como dor de garganta, espirros, coriza e dor de cabeça.
Como o médico faz o diagnóstico?
 O diagnóstico pode ser feito apenas baseado no exame físico alterado e na conversa que o médico teve com seu paciente que relata sinais e sintomas compatíveis com a doença. Os exames complementares são importantes para corroborar o diagnóstico e ajudarão a definir o tratamento mais adequado para cada caso.
 Normalmente, o médico utiliza-se dos exames de imagem (raios-X de tórax ou, até mesmo, da tomografia computadorizada de tórax) e de exames de sangue como auxílio para o diagnóstico.
 O exame do escarro também é muito importante para tentar identificar o germe causador da pneumonia. Com isso, o médico poderá prever, na maioria dos casos, o curso da doença e também definir o antibiótico mais adequado para cada caso.

Como se trata? 
 A pneumonia bacteriana deverá ser tratada com antibióticos. Cada caso é avaliado individualmente e se definirá, além do tipo de antibiótico, se há ou não necessidade de internação.
 Nos casos graves, até mesmo a internação em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) poderá ser necessária.
 Os antibióticos e demais medicações podem ser utilizados por via oral ou através de injeções, que podem ser na veia ou no músculo.
 Além das medicações, podemos utilizar a fisioterapia respiratória como auxiliar no tratamento. Os fisioterapeutas podem utilizar exercícios respiratórios, vibradores no tórax e tapotagem (percussão do tórax com os punhos) com o intuito de retirar as secreções que estão dentro dos pulmões, agilizando o processo de cura dos pacientes.
 Na maioria dos casos de pneumonias virais o tratamento é só de suporte. Visa melhorar as condições do organismo para que este combata a infecção. Utiliza-se uma dieta apropriada, oxigênio (se for necessário) e medicações para dor ou febre.
 Nos casos de pneumonia por parasitas ou fungos, antimicrobianos específicos são utilizados.
Como se previne?
 Como já foi mencionado anteriormente, muitas vezes uma gripe ou resfriado podem preceder uma pneumonia. Para tentar evitar isso, vacinas foram criadas.
 Existe no mercado a vacina contra o vírus influenza e outra contra o pneumococo, que podem diminuir as chances do aparecimento das doenças causadas por estes germes.
 Devemos lembrar que estas vacinas devem ser feitas antes do início do inverno, preferencialmente.
 A vacina contra o vírus influenza deverá ser feita anualmente em idosos e naquelas pessoas com maior risco de ter uma pneumonia. A vacina contra o pneumococo deverá ser feita em idosos e naquelas pessoas com o vírus do HIV, doença renal, asplênicos (pessoas que não tem o baço, órgão que também ajuda na defesa do corpo), alcoolistas ou outras condições que debilitem o sistema de defesa do organismo. Esta vacina tem a duração de aproximadamente cinco anos.
 Em alguns casos, deverá ser repetida após o término deste período. Em casos selecionados, a vacina contra o Haemophilus influenzae deverá ser aplicada.   Ele também é um germe freqüente que pode causar pneumonias.
 Existem outras vacinas, contra outros germes, que ainda estão em estudos.
 Medidas simples para prevenção de pneumonias incluem cuidados com a higiene, como a lavagem de mãos com sabonetes simples.
 Uma dieta rica em frutas e vegetais, que possuem vitaminas, ajudam a reforçar o sistema de defesa do organismo às infecções.

FONTE: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?328

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