domingo, 27 de setembro de 2009

Emílio Ribas realiza 1ª operação com prótese de quadril de última geração em paciente com HIV

Pacientes soropositivos com necrose avascular da cabeça do fêmur agora têm direto a cirurgia Artroplastia Total de Quadril com componentes de cerâmica. O custo da prótese é de 20 mil reais. Confira a seguir:

Cirurgia recupera a mobilidade dos pacientes, perdida em razão da necrose da cabeça do fêmur

Foi realizada nesta terça-feira, com sucesso, a primeira cirurgia de Artroplastia Total de Quadril com componentes de cerâmica, de última geração, em paciente soropositivo. A cirurgia foi realizada no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em uma colaboração com o Centro de Referência e Treinamento DST/Aids e o Hospital das Clínicas, unidades da Secretaria de Estado da Saúde.

A cirurgia torna-se necessária quando ocorre necrose avascular da cabeça do fêmur. Quando o caso se agrava, há sério comprometimento da mobilidade do paciente, além de provocar dores fortes e constantes. Com a colaboração, abre-se a possibilidade para que o Emílio Ribas possa realizar até uma cirurgia por semana dessa natureza. No último dia 3 de setembro, o CRT-DST/Aids efetuou a compra de 12 próteses de cerâmica. O custo médio da prótese é de R$ 20.000.

A ocorrência de necrose avascular em pacientes soropositivos, em uso de terapia antirretroviral, é de 4%, uma prevalência 20 vezes maior do que na população em geral. “Dor articular, diminuição da amplitude da articulação e limitação dos membros inferiores são sintomas freqüentes nos pacientes que apresentam essa doença” afirma Maria Clara Gianna, coordenadora do Programa Estadual DST/Aids.

“Essa cirurgia é fundamental para recuperar a qualidade de vida desses pacientes soropositivos. Com ela, eles saem de um estágio de limitações totais para a recuperação de sua mobilidade. Queremos estabelecer uma média de uma cirurgia por semana no Emílio Ribas”, afirmou o médico David Uip, diretor do instituto de infectologia. A cirurgia foi realizada pela equipe do professor Gilberto Luis Camanho, da Faculdade de Medicina da USP.


Fonte: Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo

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