segunda-feira, 30 de novembro de 2009


O câncer do colo do útero, também chamado de cervical, demora muitos anos para se desenvolver. As alterações das células que podem desencadear o câncer são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolaou), por isso é importante a sua realização periódica. A principal alteração que pode levar a esse tipo de câncer é a infecção pelo papilomavírus humano, o HPV, com alguns subtipos de alto risco e relacionados a tumores malignos.
O câncer do colo do útero tem sua origem principal na junção escamo colunar, tanto do epitélio escamoso como do epitélio colunar. São reconhecidas duas principais categorias de carcinomas invasores da cérvice:

• Carcinoma de células escamosas - representa cerca de 80% dos casos.

• Adenocarcinoma - representa cerca de 10% dos casos, demonstrando aumento crescente da incidência em mulheres mais jovens, talvez pelo uso indiscriminado de contraceptivo hormonal.

Tendo em vista que o câncer do colo uterino é uma das causas mais importantes de morbidade e mortalidade feminina no Brasil, um dos grandes desafios dos países em desenvolvimento é a ampliação dos programas de prevenção e detecção precoce.
A detecção e o tratamento das lesões precursoras (neoplasias intraepiteliais cervicais - NIC) devem ser considerados como metas prioritárias para a redução da incidência do câncer do colo uterino.
Nos estádios iniciais do câncer, os tratamentos conservadores, como a conização ou traquelectomia radical com linfadenectomia por via laparoscópica, devem ser considerados.
Para lesões invasoras pequenas menores do que 2cm, devem ser consideradas as cirurgias menos radicais, evitando assim as complicações e morbidades provocadas por cirurgias mais radicais.
Para os estádios IB2 e IIA volumosos (lesões maiores do que 4cm), IIB, IIIA, IIIB e IVA, os informes científicos, no momento, orientam para tratamento quimioterápico combinado com a radioterapia (RXT).



FONTE: INCA


sábado, 28 de novembro de 2009

Câncer: exames são questionados

Que ninguém deixe de fazer anualmente exames para detectar tumores de mama e de próstata depois de ficar sabendo que a Sociedade Americana do Câncer – que durante muito tempo foi uma sólida defensora da maior parte dos testes para a detecção de tumores – agora acha que os benefícios da detecção prematura de muitas formas da doença, em especial de mama e de próstata, seriam exagerados.

A notícia veiculada no New York Times diz que a entidade vai exibir uma mensagem no seu site a partir do ano que vem enfatizando que o rastreamento antecipado de cânceres de mama e próstata e outros pode levar a um supertratamento de tumores muito pequenos e, ao mesmo tempo, deixar passar cânceres que seriam realmente letais.
Segundo a Sociedade Americana do Câncer, que trabalha com mais de dois milhões de voluntários, os testes para a detecção do câncer de próstata têm sido problemáticos e a organização não defende os exames para todos os homens, pois o método de detecção deste tumor, chamado PSA, não tem se revelado suficiente para evitar mortes por esta doença.
O pesquisador Colin Beg, do Centro de Câncer Memorial Sloan-Kettering, de Nova York, teme que esse alerta da Sociedade Americana do Câncer possa confundir o público e fazer com que as pessoas evitem alguns deles. “Tenho medo de que as mudanças na forma como encaramos esses exames levem as pessoas achar que não devem fazê-los. Esses testes não se tornaram inúteis”, afirma.
Os pesquisadores da Sociedade Americana de Câncer se defendem dizendo não acreditam que todos os testes de detecção devem ser deixados de lado. O que eles dizem é que, quando uma pessoa toma a decisão de fazer um exame desses, ela deve estar ciente dos seus riscos e beneficios. Uma análise diviulgada na revista da Associação Médica Americana indica um aumento de 40% nos diagnósticos de câncer de mama e quase o dobro do aumento dos pacientes dignosticados em estágio inicial.
Estudos realizados entre as décadas de 1960 e 1980 apontaram que a mamografia (foto) reduziu a taxa de mortalidade por câncer de mama em até 20%

PRÓSTATA: Homens mal informados


A mamografia e o Papanicolau são exames feitos anualmente pelas mulheres acima dos 50 anos e fazem parte de uma política pública do Ministério da Saúde como prevenção do câncer. O PSA e o toque retal também são exames indicados como prevenção do câncer de próstata nos homens a partir de 45 anos, ou 40 anos se houver história familiar da doença. Mas, especialistas afirmam que esta prática é controversa, devido às incertezas dos benefícios e aos conhecidos riscos dos tratamentos.


Segundo pesquisas, duas delas na revista “British Medical Journal” (BMJ), não existem provas convincentes de que o rastreamento com dosagem de PSA no sangue (o antígeno específico da próstata, um marcador da doença) reduza o índice de mortes pelo câncer. Outro artigo, na revista “Arquivos de Medicina Interna”, da Associação Americana de Medicina, afirma que os homens não participam das decisões a respeito desse assunto e são desinformados sobre os riscos e benefícios de exames como toque retal e PSA.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) já havia dito não existir base sólida científica para recomendar o toque retal e o PSA. Para o instituto, esses exames não mostraram, até o momento, sucesso em reduzir a mortalidade, ou seja, não vale a pena recomendá-los como uma política de saúde pública para homens sem sintomas. E levam a muitas cirurgias desnecessárias, com prejuízos financeiros e à qualidade de vida. “Uma coisa é a consulta com seu médico, no qual ele sugere ou não o PSA, o toque retal e biópsia. Outra é aplicar isso como política pública, como se faz com a mamografia e o Papanicolau. Nenhum país do mundo indica toque retal como método de triagem populacional. Ele faz parte do exame físico”, diz o médico José Eduardo Couto Castro, coordenador geral de assitência do Inca.

A medicina ainda desconhece as causas do câncer de próstata. Estudos recentes revelaram a existência de genes que, quando defeituosos, estariam relacionados com a doença. E até um vírus, chamado XMRV, poderia ser o responsável por alguns dos casos. Essas pesquisas abrem caminhos diferentes para a prevenção com vacinas e poderiam levar a tratamentos mais eficientes.

FONTE: INCA

CÂNCER - Estimativas do INCA para 2010.

A doença não cai do céu e não se instala de repente dentro do organismo. Nós temos a nossa parcela de culpa quando adquirimos uma doença: são os nossos péssimos hábitos de vida a porta de entrada de doenças como, por exemplo, o câncer. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil em 2010 terá quase 500 mil pessoas diagnosticadas com esta doença; precisamente 489.270 (incluindo o tumor de pele não melanoma, o mais comum e de melhor prognóstico).

Esses números estão na análise “Estimativa 2010: Incidência de Câncer no Brasil“, publicado a cada dois anos. Nunca é demais repetir: boa parte desses casos pode ser prevenida com medidas preventivas como interrupção do hábito de fumar, melhor alimentação e prática de exercícios físicos. O Inca diz que com o controle do tabagismo, 30% dos cânceres, de um total de 375.420, seriam evitados. Isso corresponde a 112.626 casos. Uma dieta rica em frutas, verduras e fibras, e pobre em gorduras ajudaria a prevenir 35% dos cânceres. Só este ano, os custos econômicos com novos casos de câncer no mundo devem ficar em torno de US$ 305 bilhões.
De acordo com a análise do Inca, a doença atingirá mais mulheres (51,3% – 192.590) que homens (182.830) no país. Segundo o Inca, os tumores mais frequentes entre os brasileiros em 2010 e 201, depois do câncer não melanoma, serão próstata (52.350), mama (49.240), cólon e reto (28.110), traqueia, brônquio e pulmão (27.630), estômago (21.500), colo de útero (18.430), cavidade oral (14.120), esôfago (10.630), leucemias (9.580), melanoma (5.930) e outros (137.900).
O estudo do Inca analisou a incidência do câncer em relação às regiões do país: nas mulheres do Norte, o câncer de colo de útero terá maior prevalância, com 22,8 casos novos por 100 mil babitantes. Em outras áreas, predomina o câncer de mama; no Sudeste, o índice chega a 64,5. Em relação ao tumor de mama, o Rio de Janeiro é um dos estados que apfresentará maior índice: 7.470 novos casos. Em São Paulo, a estimativa para os próximos dois anos é de 15. 080. Entre os homens no Rio Grande do Sul, a maior incidência será de câncer de próstata (4.510). Já no Ceará, o tumor de estômago será o terceiro mais diagnosticado no sexo masculino: 730 casos. A estimatica, segundo os médicos do Inca é uma das principais feramentas para o planejamento e a gestão da saúde pública em câncer no Brasil.

FONTE: INCA

MICROSCOPIA - Neoplasias


Quadro histológico de carcinoma epidermóide (HE, 400X). A seta aponta uma célula neoplásica bastante diferente das demais, também neoplásica. Isso indica que essas células, já bastante mutadas, estão sofrendo várias outras mutações, iniciando novas populações celulares diferentes das demais, já diferenciadas da população normal. Quanto mais distante está uma célula, em termos de fenótipo, da célula normal, mais desdiferenciada ela está; quanto mais próxima ela se aproxima de sua primitividade (detectada pela forma e pelo comportamento de multiplicação, o qual está aumentado) mais indiferenciada ela está.




Carcinoma epidermóide, uma neoplasia maligna epitelial. As células apresentam um comportamento diferente (veja a variabilidade de formas e tamanhos - setas) e estão alteradas geneticamente, sendo essa alteração transmitida por intermédio das divisões celulares mitóticas. Vemos ao centro uma mitose no tecido neoplásico, um forte indicativo de proliferação das células neoplásicas e de manutenção desse tecido (HE, 1000X).

NEOPLASIAS

"Proliferações locais de clones celulares cuja reprodução foge ao controle normal, e que tendem para um tipo de crescimento autônomo e progressivo, e para a perda de diferenciação."

O conceito indica bem a origem da palavra "neoplasia": "neo"= novo; "plasia" = formação. O crescimento autônomo de uma população celular, bem como a liberdade de diferenciação (a perda da diferenciação pode ser entendida como uma ação que a célula adquire de se especializar segundo novas regras, interpretada por nós como sendo uma perda da diferenciação normal) indicam que há um novo tecido se formando no local.
Alguns autores chamam as neoplasia de "tumor", a despeito de esse termo se referir a qualquer aumento de volume (lembre-se do sinal cardinal "tumor" nas inflamações) não necessariamente neoplásico. Trata-se de um convenção cuja adoção e proposta devem ser sempre esclarecidos pelo grupo que a adota.

Um ponto importante desse novo tecido no local, com características próprias, é que as células que o compõem estão alteradas geneticamente (a teoria de que a origem das neoplasias, bem como dos demais grupos de patologias está no código genético está cada vez mais forte hoje, haja visto o projeto genoma, de âmbito mundial...). Isso indica que a célula-mãe, estando alterada geneticamente, passará essa alteração para as células-filhas. Esse fato, aliado ao desconhecimento do mecanismo completo de formação das neoplasias e de sua etiologia, fazem destas um grupo de patologias de cura difícil e de inúmeros investimentos em pesquisa no mundo inteiro.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

MICROSCOPIA - Congestão Passiva Crônica (Fígado)



Complicação da congestão passiva crônica em fígado. Veja a área de necrose (N) provocada pela ausência de circulação sangüínea no local levando a hipóxia. A deficiência de circulação é devida ao mal funcionamento do sistema de veias do órgão.

MICROSCOPIA - Congestão (polpa dentária)

               

Temos aqui em detalhe um corte de polpa dentária em que notamos congestão ativa em uma arteríola (A). Veja que esse vaso se apresenta com grande quantidade de hemáceas. A vênula (V) que o acompanha também se apresenta congesta.

HIPEREMIA E CONGESTÃO

Hiperemia e congestão são caracterizados pelo aumento de volume sangüíneo em um tecido ou área afetada.

Ao contrário da isquemia, a lesão tecidual de causa hiperêmica é resultado de uma excessiva quantidade de sangue no local, inundando essa região. A intensificação do aporte sanguíneo, citado no conceito, caracteriza a hiperemia do tipo arterial ou ativo. O grande volume de sangue presente nesse caso provoca eritema, pulsação local e calor. A hiperemia é acompanhada de prévia isquemia ou pode estar sob a tríade isquemia-hiperemia-inflamação.


É dividida em : hiperemia ativa e hiperemia passiva ou congestão.

1. Hiperemia Ativa:


Causa maior rubor na parte afetada. A dilatação arterial ou arteriolar surge através de mecanismos neurogênicos simpáticos ou pela liberação de substâncias vasoativas. A hiperemia ativa da pele é encontrada sempre que é necessário a dissipação de calor do corpo excesso, como no exercício muscular e estados febris.
2. Hiperemia Passiva (congestão):

Causa coloração vermelho-azulada nas partes afetas à medida que o sangue venoso é represado. O tom azulado é acentuado quando a congestão leva à aumento da hemoglobina desoxigenada do sangue (cianose).

A hiperemia pode ocorrer como um processo sistêmico ou localizado. A hiperemia localizada ocorre em ocasiões em que, por exemplo, o retorno venoso de sangue de uma extremidade é obstruído. A congestão da redes capilares está intimamente relacionada com o desenvolvimento do edema, assim, a congestão e o edema comumente ocorrem juntos.

Fonte: patologiaonline

MICROSCOPIA- Edema Pulmonar


Fragmento de pulmão em que se nota grande quantidade de líquido de edema (líquido proteináceo - material róseo) nos espaços aéreos, provocando a destruição de toda a arquitetura pulmonar. Observe que os vasos sangüíneos apresentam-se congestos, indicando alterações na microvascularização. Clique sobre a foto e veja, em maior aumento, a presença de células inflamatórias (setas) no líquido de edema, indicando uma tentativa de defesa contra o acúmulo de líquido. Este pode ser originário do aumento da pressão hidrostática dos capilares ou do próprio rompimento desses vasos, provocando o extravasamento de líquido para o interstício.

EDEMA

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

MOVIMENTE-SE NAS VIAGENS LONGAS

Viagens de avião, ônibus, carro ou trem podem provocar bem mais do que cansaço extremo. Permanecer durante horas seguidas na mesma posição pode levar ao aparecimento súbito de trombose venosa profunda (TVP) nos membros inferiores, com grandes possibilidades de complicações graves. Uma delas é o tromboembolismo pulmonar, Para ele, permanecer sentado por um longo período de tempo, com pernas encolhidas, quase sem movimentação das pernas - muitas vezes sob sedativos e com a respiração restrita pela própria posição - pode favorecer a estase sanguínea e a consequente coagulação do sangue dentro da veia: - Nas veias profundas os sintomas que mais chamam atenção são o edema e a dor, normalmente restritos a uma só perna. As dores podem se localizar na panturrilha, com inchação da perna e do pé. Entretanto, a TVP pode ser silenciosa, assintomática e mesmo assim produzir êmbolos para o pulmão desencadeando a embolia pulmonar, que pode ser fata.  A trombose em veias superficiais, chamada de tromboflebite, raramente provoca complicações mais sérias, uma vez que, na maioria dos casos, as veias atingidas podem ser retiradas com cirurgia. No entanto, quando a trombose ocorre em veias profundas é preciso muito cuidado e atenção imediata devido à sua potencial gravidade. - Uma complicação perigosa da TVP é a embolia pulmonar. Ela ocorre quando o coágulo se desloca da veia profunda até o pulmão, podendo obstruir a passagem de sangue pela artéria e levar à morte súbita -esclarece o angiologista

Trombose é a solidificação do sangue dentro do coração ou dos vasos, no vivo. Trombo vem do grego(Thrómbos = massa coagulada) é a massa sólida formada pelo processo de trombose e constituída pelos elementos do sangue. Ocorre em qualquer setor do sistema cardiovascular. Encontra-se localizado com mais freqüentes: Veias (70%) - panturrilhas, femorais e poplíteas, plexos periprostáticos e periovariano, ilíacas, cavas, renais, mesentéricas. Coração (20%) - aurícula direira, ventrículo esquerdo e valvas aórtica e mitral. Artérias (10%) - coronárias, vértebro-basilares, carótidas e aorta. Microcirculação - CID.
Geralmente, a trombose é causada devido a uma anomalia em um ou mais itens da Tríade de Virchow abaixo relacionados:
  • Composição do sangue (hipercoagulabilidade)
  • Qualidade das paredes venosas
  • Natureza do fluxo sangüíneio (hemodinâmica)
A formação do trombo é geralmente causada por um dano nas paredes do vaso, ou ainda por um trauma ou infecção, e também pela lentidão ou estagnação do fluxo sangüíneo, ocasionado por alguma anomalia na coagulação sangüínea. Após a coagulação intravascular, formam-se uma massa deforme de hemácias, leucócitos e fibrina.


domingo, 15 de novembro de 2009

DIGA NÃO AO ATO MÉDICO




Site: www.atomediconao.com.br .

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A pílula da inteligência

 saiu na capa da superinteressante desse mês : "a pílula da inteligência", a reportagem falava acerca de um medicamento que é o cara, ele é superconcentrador, energético e uma arma de guerra.

  usado por estudantes que pretendem turbinar o cérebro em épocas de prova ou diariamente, por pessoas que trabalham demais e não podem nem devem dormir no ponto, por soldados europeus e norte-americanos e ainda por pessoas que possuem alguma deficiência no caso do alzheimer e dislexia.
  é um medicamento aparentemente perfeito já que não possui efeitos colaterais e dão superpoderes aos comuns, mas será mesmo que não existem efeitos colaterais? na verdade ainda não se sabe quais são os efeitos colaterais.
  segundo um relato de um professor no Ceará ele perdeu o apetite sexual durante o tempo em que usou a droga.
  o medicamento atende pelo nome de modafinil e é um tarja preta,é uma droga maravilha já usada pelos americanos pelo menos a 7 anos, ela reduz as 8 horas de sono a pelo menos 3 ou 4 horas sem causar cansaço ou sonolência ao longo do dia, o que causariam as cafeínas e anfetaminas quando usadas com esse fim. o modafinil é receitado supostamente para narcolepsia e apnéias.
 "“melhoramento” do ser humano… Fazem-me sempre lembrar os trabalhos do Dr. Mengele para o melhoramento da “Raça Ariana” e todas as barbaridades que em seu nome se realizaram…"


 

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Câncer bucal: Desafios e perspectivas para o enfrentamento do problema


Entrevista

Nesta edição, a RBPO tem o prazer de fazer uma entrevista um pouco diferente. Na verdade, a professora Valéria Souza Freitas nos contará de maneira geral sobre câncer bucal e sua visão sobre o tema. O depoimento foi coletado pelo nosso Editor Prof. Dr. Márcio Campos de Oliveira

Profa. Valéria Souza Freitas - Especialista e Mestre em Saúde Coletiva, Coordenadora do Núcleo de Câncer Oral da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)

O câncer bucal é um problema de saúde pública no Brasil e em muitos países, devido aos altos indicadores de morbi-mortalidade. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa de incidência de câncer para 2005, no Brasil, indicou ser o câncer de boca o oitavo tumor mais freqüente entre os homens e o nono entre as mulheres, com respectivamente, 9.985 e 3.895 novos casos, perfazendo um total de 13.880 casos novos. Embora a incidência e mortalidade por câncer bucal variem em diferentes regiões do mundo, os maiores índices da doença são verificados em países em desenvolvimento.

Um dos aspectos mais críticos do câncer de boca é que a maior parte dos casos chega aos hospitais especializados em estágio avançado, aumentando as possibilidades de mutilações e reduzindo as de cura. Neste aspecto, a doença reverte-se em alto custo econômico e social para o Estado e para a família, devido à dificuldade de reintegração do indivíduo mutilado na sociedade.

Os principais fatores de risco para o câncer bucal são o hábito de fumar e a ingestão de bebidas alcoólicas. Entretanto, fatores outros como infecções viróticas, fatores genéticos e dieta também têm sido relacionados à doença.

A história natural do câncer bucal tem seu início a partir da exposição do indivíduo a agentes carcinógenos físicos, químicos ou biológicos. A exposição contínua poder lesionar o ácido desoxirribonucléico (DNA), produzindo mutações, fraturas cromossômicas e outras alterações do material genético. Na fase pré-clínica, não há possibilidade de o profissional de saúde detectar a doença. Porém, medidas preventivas como a conscientização dos indivíduos para a remissão do uso de produtos derivados do tabaco e para a redução da ingestão de bebidas alcoólicas, bem como a motivação para hábitos alimentares saudáveis podem contribuir para evitar a evolução da doença. Na fase clínica, em que muitas vezes é perceptível a presença de lesão cancerizável ou neoplásica, o diagnóstico e o tratamento precoce podem e devem ser estabelecidos.

A história natural do câncer de boca indica, portanto, que a doença apresenta, em muitas situações, um curso relativamente longo, que pode ser precedido de lesões cancerizáveis e perceptíveis, o que facilita o diagnóstico da doença. A minuciosa inspeção e palpação da cavidade bucal, o conhecimento sobre os fatores de risco e o exame histopatológico da peça cirúrgica biopsiada são fundamentais para o diagnóstico conclusivo. Portanto, a progressão do tumor, o preparo do cirurgião-dentista para o diagnóstico e o acesso ao sistema de saúde para tratamento determinarão a lógica da evolução da doença.

E o que tem dificultado o diagnóstico precoce do câncer de boca já que a cavidade bucal é um local de fácil acesso e seu exame minucioso não requer alta tecnologia? Os procedimentos e exames complementares para a confirmação deste diagnóstico, sendo relativamente simples e de baixo custo, não deveriam facilitar o diagnóstico precoce da doença? Os fatores de risco para a doença, em sua maioria de ordem sócio-ambiental, não são passíveis de prevenção?

Acreditamos que, para o diagnóstico precoce e prevenção do câncer de boca, são necessárias políticas públicas direcionadas ao problema que facilitem o aumento do conhecimento da população acerca dos fatores de risco, sinais e sintomas comuns da doença e que permitam a sensibilização para o auto-exame da boca.
Um investimento crescente na formação e educação continuada dos cirurgiões-dentistas, proporcionando um atendimento humanizado e de qualidade nos serviços públicos de saúde também deve ser estabelecido como ação prioritária, visto que a maior parte dos casos são detectados em indivíduos de baixa renda e que dependem, em sua grande maioria, do Sistema Único de Saúde (SUS).

A formação dos cirurgiões-dentistas é uma situação delicada se considerarmos que a maior parte dos currículos de Odontologia apresentam componentes curriculares que abordam o problema do câncer de boca de forma fragmentada e com ênfase nos aspectos biológicos e de intervenção. Assim, até que ponto uma formação fragmentada, com pouca integração de componentes básicos e profissionalizantes e pouca valorização de componentes humanísticos (o que facilitaria a sensibilização do cirurgião-dentista para o problema) tem redundado na formação de profissionais capazes de enfrentar o problema?

A formação continuada dos profissionais de saúde deve envolver especialmente aqueles que integram o Programa de Saúde da Família e as Equipes de Saúde Bucal (ESB), incluindo os agentes comunitários de saúde. As atividades das ESB devem englobar atividades educativas para a redução de fatores de risco, o rastreamento de lesões cancerizáveis (screening) de forma a facilitar o diagnóstico precoce da doença, além da motivação da população para a realização periódica do auto-exame da boca.

Entretanto, de nada adianta os cirurgiões-dentistas estarem realizando o diagnóstico precoce do câncer bucal se o sistema público de saúde não tiver a capacidade de absorver e tratar os casos. Portanto, uma política séria de atenção ao problema requer uma melhor estruturação e investimento neste sistema de modo a reduzir o intervalo de tempo entre o diagnóstico e o tratamento da doença.

Combater o câncer de boca torna-se, portanto, um grande desafio para as Universidades responsáveis pela formação dos profissionais de saúde, para o sistema público de saúde, para os cirurgiões-dentistas e para a população.


Fonte: Revista Brasileira de Patologia Oral

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

REPARO



A cicatrização e regeneração não são processos degenerativos, nem neoplásicos, logo têm de ser enquadrados no processo inflamatório. Quando se inicia um processo inflamatório, que é sempre um mecanismo de defesa contra um agente agressor, simultaneamente, também se dá início aos mecanismos desencadeadores de cicatrização e regeneração.
Os tecidos são classificados de acordo com a capacidade de proliferar, com a capacidade das células entrarem no ciclo celular, não no período embrionário, mas no período da vida adulta.
Se um tecido for constituído por células lábeis, ou estáveis vai haver regeneração. Porque o tecido é capaz de reparar por proliferação aquelas células que morreram.
Mas no caso de ser um tecido constituído por células permanentes, mesmo que a intensidade da agressão seja pequena, vai haver reparação por cicatrização.
Se a lesão tecidual for extensa, vai haver grande destruição do tecido, mesmo que isto aconteça num tecido de células lábeis e estáveis, isto pode evoluir para uma reparação por cicatrização, dependendo da intensidade da agressão.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Porque é que o fígado, sendo um órgão por excelência de regeneração, leva a cirrose devido ao alcolismo crônico?





O próprio termo cirrose significa fibrose. O que acontece é que antes de chegar a cirrose o alcoolismo crónico provocou um processo inflamatório: Hepatite alcoólica. E a partir desta é que evoluiu para cirrose. Mas neste processo inflamatório há destruição da membrana basal, e portanto o fígado regenera. Só que regenera duma forma desordenada: forma nódulos. Esses nódulos cercados por fibrose constituem a Cirrose Hepática.
 

Caju se transforma em poderoso cicatrizante

Película feita a partir do suco da fruta é indicada para queimaduras e feridas. Pesquisadora revela os segredos da medicina popular e ensina quem não tem dinheiro a colher remédios no quintal.


Uma paisagem tropical. Quem olha, percebe logo uma fruta bastante conhecida de todos os brasileiros, saborosa, rica em vitamina C e ferro. Mas o que nem todo mundo enxerga no caju é um poderoso tratamento natural, já confirmado pela ciência, que recebeu o nome de acajumembrana: uma película feita a partir do suco de caju, indicada para queimaduras e feridas.

"Foi um remédio muito bom que purificou e sarou", conta a dona de casa Valdete de Andrade Cavalcanti, que há pouco mais de dois meses mal conseguia andar. Sofria com um ferimento crônico, provocado pelas varizes. Foi diariamente ao hospital, para fazer curativo, durante dois anos, sem resultado. A vida dela mudou depois do tratamento natural. Ela conta que em menos de dois meses o ferimento fechou com a acajumembrana.Além de dona Valdete, outras 45 pessoas já se trataram com a película natural do caju, que tem propriedades cicatrizante, antiinflamatória e analgésica. A acajumembrana foi descoberta pela pesquisadora Salete Horácio da Silva, professora da Faculdade de Enfermagem de João Pessoa, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que há mais de 20 anos se dedica a descobrir e comprovar cientificamente o poder das plantas. "Leva de 15 dias a um mês para ficar pronto. É um processo natural da fermentação", diz. O processo tem de ser no laboratório, mas a aplicação é simples. É só cortar a película do tamanho que quiser e colocar em cima do machucado. A membrana do caju vai aderir como uma segunda pele. E o melhor de tudo: não pesa no bolso. "É uma economia estupenda no bolso do usuário, porque uma pomadinha custa entre R$ 15 e R$ 20, e isso aqui praticamente fica de graça", ressalta a pesquisadora, que não pretende ganhar dinheiro com a descoberta. O tratamento é distribuído de graça para as pessoas mais necessitadas, que contribuem doando matéria-prima, ou seja, caju. "Do cajueiro, tudo se aproveita – desde a raiz até a folha mais novinha. A folha mais tenra serve para afta. É preciso fazer uma infusão e bochechar. A raiz serve para problemas intestinais e respiratórios. A casca serve para tosse", descreve a pesquisadora. De chá a pasta de dente, muitas riquezas são extraídas dessa árvore, que já foi muito disputada. "Os índios faziam guerras para ocupar os espaços onde havia mais cajueiros, para festejar, casar, brincar", conta Salete Horácio da Silva. Muito antes de o Brasil ser descoberto, os índios potiguara habitavam o litoral da Paraíba, onde permanecem até hoje e guardam com eles um conhecimento ancestral sobre o uso da plantas medicinais. É esse saber popular, repassado de geração em geração, que despertou o interesse dos pesquisadores que têm muito o que aprender com os índios. E foi justamente em uma aldeia potigara que a professora Salete Horácio da Silva descobriu a acajumembrana, dez anos atrás. Hoje ela retorna uma vez por semana para distribuir remédios caseiros e ensinar princípios básicos de saúde e higiene. Mas, acima de tudo trocar, experiências. "À medida que conversamos com o povo aprendemos e ensinamos", diz a pesquisadora. A casa da índia potiguara Lenita da Silva, mulher do cacique Vicente, funciona como ponto de encontro dos moradores. No local, gente simples, sem condições de comprar medicamentos convencionais, se reúne para aprender com a pesquisadora. "Mastruz é bom para tosse", ensina. A sabedoria desse povo é herdada junto com muitas tradições. O costume é antigo e em quase toda casa da aldeia se encontra um cantinho com ervas medicinais. É como se fosse uma pequena farmácia, sempre ao alcance dos moradores. Dona Lenita põe para secar as plantas que ela mais usa junto à imagem de Jesus Cristo. "A flor da sabugueira é para febre; o feijão-gandu, para tosse; a colônia, para depressão", relata. Quando recebe visita, dona Lenita costuma ir para a cozinha fazer um chá. "Chá de hortelã miúda é bom para digestão e abre o apetite. Eu acredito no efeito curativo das plantas. Se não fossem minhas plantas, não sei o que seria de mim. Planta é um santo remédio, nunca há de faltar na minha casa. Em todo canto eu planto", diz. Para Salete Horácio da Silva, essa comunhão entre os conhecimentos popular e científico virou uma missão de vida. "Eu tenho admiração pelos índios, porque eles amam a natureza. Eu dou minha vida por isso. Eu vivo para isso. Essa é a minha missão", conclui.

FONTE: Globo Repórte

sábado, 10 de outubro de 2009

Oração do DNA



Creio no DNA todo poderoso
criador de todos os seres vivos,
creio no RNA,
seu único filho,
que foi concebido por ordem a graça do DNA polimerase.
Nasceu como transcrito primário
padeceu sobre o poder das nucleases, metilases e poliadenilases.
Foi processado, modificado e transportado.
Desceu do citoplasma e em poucos segundos foi traduzido à proteína.
Subiu pelo retículo endoplasmático e o complexo de Golgi
E está ancorado à direita de uma proteína G
Na membrana plasmática
De onde há de vir a controlar a transdução de sinais
Em células normais e apoptóticas
Creio na Biologia Molecular
Na terapia gênica e na biotecnologia
No seqüenciamento do genoma humano
Na correção de mutações
Na clonagem da Dolly
Na vida eterna.
Amém!!!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Dia Nacional de Doação de Leite



O leite humano é muito importante para todos os recém-nascidos. ele alimenta e protege o bebê contra diarreia, infecções respiratórias, diabete, alergia.

Fonte: Minitério da Saúde

domingo, 27 de setembro de 2009

CIDADANIA FAZ PARTE DA NOSSA MISSÃO...

REFLEXÃO CELULAR




“Mais do que nunca, sinto que a raça humana é somente uma. Há diferenças de cores, línguas, culturas e oportunidades, mas os sentimentos e reações das pessoas são semelhantes. Pessoas fogem das guerras para escapar da morte, migram para melhorar sua sorte, constroem novas vidas em terras estrangeiras, adaptam-se a situações extremas...” 
Sebastião Salgado, fotógrafo.


Mecanismo venenoso

Agência FAPESP – O escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) é considerado uma das espécies mais perigosas no país, responsável por muitos casos de envenenamento, principalmente em crianças. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), divulgados em junho, dentre os quase 21 mil envenenamentos por animais peçonhentos registrados em 2007, os escorpiões contribuíram com cerca de 6 mil.

Ainda não se sabe ao certo quais os mecanismos pelos quais o veneno atua nem de que forma suas toxinas desencadeiam o processo inflamatório cujos sintomas envolvem febre, dor e edema pulmonar que podem levar à morte. Mas uma pesquisa feita na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, tenta isolar e caracterizar quimicamente a fração presente no veneno responsável pela dor e febre.

Segundo a autora da pesquisa, Andréa Carla Pessini, a compreensão desses mecanismos permitirá um tratamento direcionado para reduzir a dor, a febre e, possivelmente, a mortalidade em humanos, principalmente em crianças.

“Acreditamos que as abordagens do estudo, além de facilitar o entendimento sobre o mecanismo pelo qual as toxinas do veneno exercem seus efeitos, poderão acrescentar evidências sobre o mecanismo de ação das drogas antiinflamatórias e sobre a eficácia de cada uma delas”, disse à Agência FAPESP. Parte dos resultados foi publicada na revista Toxicon.

O estudo corresponde à pesquisa de pós-doutorado de Andréa na FCF, com bolsa da FAPESP, que integra o projeto de Auxílio à Pesquisa – Regular intitulado “Isolamento e caracterização bioquímica da fração responsável pelo efeito pirogênico e nociceptivo presente no veneno do escorpião Tityus serrulatus”, coordenado por Gloria Emília Petto de Souza, professora titular e chefe do Departamento de Física e Química da FCF.

Segundo o estudo, o veneno contém proteínas básicas de baixo peso molecular com ação lesiva sobre o sistema nervoso (atividade neurotóxica), além de enzimas como a hialuronidase e outros constituintes em menor quantidade como a histamina e serotonina, esses últimos envolvidos no processo da dor e da inflamação.

As hialuronidases são produzidas por uma variedade de organismos causadores de doenças, incluindo bactérias. Essas enzimas também são encontradas em sanguessugas, em venenos de serpentes e insetos e em tecidos malignos.

“A presença dessas enzimas em venenos de animais tem a função de facilitar a difusão das toxinas para dentro dos tecidos com maior rapidez, contribuindo para o envenenamento sistêmico e restringindo a eficácia dos antivenenos, caso estes não sejam injetados tão logo ocorra o acidente”, explicou Andréa.

Segundo ela, essas enzimas têm sido empregadas terapeuticamente por serem facilitadoras da difusão de líquidos injetáveis, “agindo de forma a reduzir temporariamente a viscosidade do tecido conjuntivo, tornando-o mais permeável à difusão de líquidos”.

Nos testes feitos em camundongos, a injeção contendo veneno do Tityus serrulatus produziu sinais sistêmicos (na circulação sanguínea) e locais, como os observados em vítimas de picadas, com destaque para febre, dor intensa e edema local e pulmonar.

“A reação sistêmica, que é induzida por um conjunto de mediadores originados do foco inflamatório – entre eles as citocinas (proteínas que alcançam a circulação e ativam vias neurais locais) –, origina a resposta de fase aguda na qual o sinal clínico aparente é a febre”, disse.

Drogas eficazes

O veneno de outras espécies de escorpiões como o Heterometrus bengalensis ou o Leiurus quinquestriatus provoca o aumento de cininas plasmáticas que, por sua vez, culmina na liberação de outros mediadores, como síntese de citocinas e de óxido nítrico.

De acordo com a pesquisadora da USP, o grupo também verificou que a injeção do veneno do Tityus serrulatus, bem como de sua toxina isolada, em ratos e camundongos, promove uma resposta sistêmica e local, expressada pelo aumento do número de neutrófilos locais e circulantes, de proteínas de fase aguda e de citocinas.

“Posteriormente, investigamos outros parâmetros da resposta de fase aguda, entre eles a febre, que é o sinal clínico mais evidente em várias situações e capaz de alterar reações orgânicas, como, por exemplo, a atividade das enzimas que degradam os neurotransmissores”, disse.

O aumento de temperatura corporal que ocorre após a picada de escorpião é considerado hipertermia. Mas o estudo aponta que esse aumento se trata de uma resposta febril, uma vez que foi acompanhado de vasoconstrição periférica, no caso medida pela redução da temperatura da pele da cauda dos ratos.

“Embora o veneno do Tityus serrulatus induza uma resposta febril tão intensa que atinge em torno de 40ºC no seu pico máximo, os antipiréticos, cujo mecanismo de ação é bloquear a síntese de prostaglandinas (moléculas de origem lipídica), não alteram essa resposta, sugerindo que as prostaglandinas não participam desta resposta", disse.

Mas, nos testes, a dipirona usada aboliu a febre, sugerindo outro mecanismo de ação. “Teria a dipirona alguma implicância no sistema cininérgico ou afetaria diretamente a neurotransmissão dolorosa?”, questiona a pesquisadora ao levantar a hipótese.

De acordo com Andréa, o conjunto de resultados nos testes permite dizer que a resposta sistêmica ou local induzida pelo veneno envolve os mesmos mediadores que ocorrem nas vítimas. Mas ainda não se conhece a substância presente no veneno responsável pelo processo.

“Essa descoberta poderá nos levar a tratamentos específicos nos casos de envenenamento pelo veneno do escorpião Tityus serrulatus, além de facilitar o entendimento sobre o mecanismo pelo qual as toxinas do veneno exercem seus efeitos. O estudo poderá acrescentar evidências sobre o mecanismo de ação das drogas antiinflamatórias e sobre a eficácia de cada uma delas nestes modelos experimentais, bem como a descoberta de uma ferramenta farmacológica de suma importância para a pesquisa”, disse.
fonte:www.agencia.fapesp.b

Terapia pode diminuir inflamação em pacientes com câncer de mama e depressão

Terapia psicológica é uma ótima aliada para pacientes recém-diagnosticadas com câncer de mama e que apresentam sintomas de depressão. Engana-se quem pensa que o motivo é apenas aliviar a esse problema. Também reduz os indicadores de inflamação no sangue, de acordo com um estudo feito por pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos.

» Chat: tecle sobre o assunto
» vc repórter: mande fotos
e notícias

"A inflamação é considerada um fator de promoção do câncer, e a depressão e a inflamação predizem o aumento do risco de morte pela doença. Antes, nós sabíamos que a inflamação estava associada aos sintomas de depressão entre pacientes com câncer e que ambos são problemáticos, mas não sabíamos que tratar a depressão afetaria a inflamação", disse a coautora da pesquisa, Barbara Andersen, ao site Science Daily.

Para chegar a essa conclusão, os profissionais acompanharam 45 pessoas e as dividiram em dois grupos, sendo que apenas as de um deles receberam intervenções psicológicas. As sessões reuniam de oito a 12 pacientes e dois psicólogos, e foram realizadas semanalmente por quatro meses e, mensalmente, por oito meses.

Todos os participantes contaram com avaliações, que consistiam em entrevistas pessoais e questionários para avaliar humor, fadiga, estado de saúde e a influência da dor sobre a qualidade de vida. Os níveis de inflamação foram analisados por meio de amostras de sangue.

Ao final da pesquisa, que levou um ano, quem participou da terapia apresentou diminuições significativas nos sintomas de depressão, fadiga, dor e nos marcadores de inflamação. Os participantes do grupo de controle (sem terapia) não mostraram melhoras.

"Ansiedade ou sintomas significativos de depressão normalmente não são reconhecidos e podem até ser banalizados como uma 'resposta normal' ao câncer. Entretanto, aqueles com depressão precisam de tratamento, que pode demorar meses."

fonte:saude.terra.com.br

Alimentos contra o Câncer 2

Alguns alimentos, conforme comentamos no artigo anterior, favorecem o crescimento dos tumores cancerígenos. Entretanto, existe uma variedade grande de alimentos que comprovadamente têm efeito anticâncer. Esses alimentos possuem moléculas chamadas de "antipromotoras", ou seja, que bloqueiam os fatores de crescimento do câncer ou forçam as células cancerosas ao suicídio.

Os alimentos possuem a vantagem de serem consumidos no mínimo três vezes ao dia, influenciando os mecanismos biológicos que aceleram ou diminuem a progressão do câncer. Ao contrário dos medicamentos, que agem apenas sobre um mecanismo específico, os alimentos agem sobre vários fatores de crescimento do câncer ao mesmo tempo. Contudo, vale lembrar que os compostos presentes nos alimentos têm uma ação combinada no combate à doença, muito superior a ação individual de cada alimento separadamente.

Um conjunto de alimentos consumidos simultaneamente pode, por exemplo:
> Desintoxicar os carcinógenos presente no nosso meio ambiente;
> Impulsionar o nosso sistema imunológico;
> Bloquear o crescimento de novos vasos responsáveis por alimentar os tumores (angiogênese);
> Impedir a inflamação;
> Barrar os mecanismos de invasão celular;
> Incentivar a apoptose das células cancerosas (suicídio celular)

A Refeição Anticâncer
Esta refeição é formada, principalmente, por legumes, leguminosas, azeite de oliva, alho, ervas e condimentos. A carne e os ovos, em vez de formar a base da alimentação (como no caso dos brasileiros), dever servir apenas para acompanhar e dar sabor.

> Gengibre - contribui para reduzir a formação de novos vasos sanguíneos que alimentam o câncer, sendo um poderoso anti-inflamatório e antioxidante. A infusão da raiz reduz a náusea gerada pela quimioterapia.

> Tomate - O licopeno pode aumentar a sobrevida dos homens com câncer de próstata. Melhor consumir o molho de tomate pois o cozimento torna esta molécula disponível.

> Soja - a daidzeína, a genisteína e gliciteína presente neste alimento bloqueiam a angiogênese e a estimulação das celular cancerosas pelos hormônios sexuais.Mulheres asiáticas que consomem soja (desde a adolescência) têm muito menos câncer de mama.

> Ervas (alecrim, tomilho, orégano, manjericão, hortelã, salsa e aipo)- Estimulam a apoptose das células cancerosas, reduzem sua proliferação e bloqueiam a invasão dos tecidos vizinhos.

> Cítricos (laranja, tangerina e limão)- possuem flavonóides anti-inflamatórios e podem reduzir o potencial de invasão dos tecidos.

> Romã - o suco da fruta tem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes e pode reduzir o crescimento do câncer de próstata.

> Vinho tinto - o resveratrol presente no vinho (o suco de uva possui menor concentração pois não é fermentado) pode retardar as três etapas da progressão do câncer & iniciação, promoção e progressão.

> Chá verde - a epigalocatequina-3-galato(EGCG) reduz o crscimento de novos vasos e aumenta o efeito da radioterapia sobre as células cancerosas.

> Cúrcuma - é o mais potente anti-inflamatório natural conhecido até hoje. Aumenta a eficácia da quimioterapia.
Lembre-se que o poder anticâncer dos alimentos é muito mais potente quando combinado. Confira uma lista de vários outros alimentos com poder anticâncer no meu blog.

> Cláudio Lima é engenheiro de alimentos do Instituto Centec, especialista em alimentos e saúde pública, mestre em tecnologia de alimentos, autor de quatro livros na área de higiene e qualidade de alimentos.
professor Cláudio Lima
fonte: www.opovo.com.br

Componente do chá verde pode prolongar vida útil do sangue

Um componente do chá verde pode ajudar na preservação do sangue armazenado, segundo estudo japonês publicado na revista especializada Cell Transplantation. De acordo com os autores, a epigalocatequina (EGCG) encontrada no chá tem forte efeito antioxidante e pode ajudar a prolongar a "vida de prateleira" das plaquetas – componentes do sangue responsáveis pela coagulação.

Atualmente, a duração das plaquetas armazenadas é limitada a cinco dias internacionalmente e é de apenas três dias no Japão. Na pesquisa, quando os cientistas acrescentaram a EGCG aos concentrados de plaquetas, as funções de agregação e coagulação foram mantidas após seis dias.

Embora o mecanismo exato desse efeito do componente do chá verde ainda não esteja claro, os pesquisadores acreditam que ele pode estar relacionado com suas propriedades de ligação das superfícies, que poderiam proteger proteínas e lipídios das células contra a oxidação. "O EGCG pode levar a uma inibição da apoptose das plaquetas e reduzir as taxas de morte das células, oferecendo um método potencialmente novo e útil para prolongar os períodos de armazenamento de plaquetas", destacou o pesquisador Suong-Hyn Hyon, do Instituto de Ciências Médicas de Fronteira, no Japão.
fonte: http://gazetaweb.globo.com

Alzheimer: infecções aceleram perda de memória

As infecções agudas ou crónicas, ou mesmo as nódoas negras, provocam um aumento dos níveis de factor de necrose tumoral alfa (TNF-Alfa) no sangue e conduzem a uma maior perda de memória nas pessoas com doença de Alzheimer, revelou um estudo da Universidade de Southampton, citado pelo site Tribuna Médica Press.

Com base nesta conclusão, os cientistas consideram que a descoberta de uma forma para reduzir a inflamação poderá ser benéfica para estes doentes.

Durante seis meses, a equipa acompanhou 222 doentes com Alzheimer. Ao longo deste período, metade dos participantes sofreu uma infecção súbita ou uma lesão que degenerou em inflamação e resultou num aumento dos níveis de factor de necrose tumoral alfa no sangue. Segundo os investigadores, os níveis de perda de memória destes indivíduos subiram para o dobro. Os voluntários que tinham níveis elevados de TNF-Alfa no início do estudo apresentavam uma taxa de declínio da memória quatro vezes superior.

2009-09-10 | 09:13
fonte: www.rcmpharma.com

Emílio Ribas realiza 1ª operação com prótese de quadril de última geração em paciente com HIV

Pacientes soropositivos com necrose avascular da cabeça do fêmur agora têm direto a cirurgia Artroplastia Total de Quadril com componentes de cerâmica. O custo da prótese é de 20 mil reais. Confira a seguir:

Cirurgia recupera a mobilidade dos pacientes, perdida em razão da necrose da cabeça do fêmur

Foi realizada nesta terça-feira, com sucesso, a primeira cirurgia de Artroplastia Total de Quadril com componentes de cerâmica, de última geração, em paciente soropositivo. A cirurgia foi realizada no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em uma colaboração com o Centro de Referência e Treinamento DST/Aids e o Hospital das Clínicas, unidades da Secretaria de Estado da Saúde.

A cirurgia torna-se necessária quando ocorre necrose avascular da cabeça do fêmur. Quando o caso se agrava, há sério comprometimento da mobilidade do paciente, além de provocar dores fortes e constantes. Com a colaboração, abre-se a possibilidade para que o Emílio Ribas possa realizar até uma cirurgia por semana dessa natureza. No último dia 3 de setembro, o CRT-DST/Aids efetuou a compra de 12 próteses de cerâmica. O custo médio da prótese é de R$ 20.000.

A ocorrência de necrose avascular em pacientes soropositivos, em uso de terapia antirretroviral, é de 4%, uma prevalência 20 vezes maior do que na população em geral. “Dor articular, diminuição da amplitude da articulação e limitação dos membros inferiores são sintomas freqüentes nos pacientes que apresentam essa doença” afirma Maria Clara Gianna, coordenadora do Programa Estadual DST/Aids.

“Essa cirurgia é fundamental para recuperar a qualidade de vida desses pacientes soropositivos. Com ela, eles saem de um estágio de limitações totais para a recuperação de sua mobilidade. Queremos estabelecer uma média de uma cirurgia por semana no Emílio Ribas”, afirmou o médico David Uip, diretor do instituto de infectologia. A cirurgia foi realizada pela equipe do professor Gilberto Luis Camanho, da Faculdade de Medicina da USP.


Fonte: Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo

sábado, 26 de setembro de 2009

PATOLOGIA (REVISÃO)






Aspectos de um processo patológico:

   - a sua causa;
   - a patogenia (seqüência de eventos que dão origem às manifestações da doença);
   - alterações morfológicas e estruturais das células e tecidos devido à doença;
   - conseqüências funcionais das alterações morfológicas, observadas clinicamente.

A célula normal é confinada dentro de uma faixa estreita de função e estrutura por seus programas genéticos de metabolismo, diferenciado e especializado.
Entretanto é capaz de dar conta das demandas fisiológicas normais, a chamada homeostase normal. Estresses fisiológicos um pouco mais excessivos ou alguns estímulos patológicos podem acarretar uma serie de adaptações celulares fisiológicas e morfológicas durante as quais estados constantes novos porem alterados são alcançados preservando a viabilidade da célula e modulando sua função como uma resposta a esse estimulo.
Diferentes tipos de estresse podem induzir alterações nas células e nos tecidos além dos processos de adaptação, lesão e morte celular. As células que são expostas a estímulos crônicos podem não ser danificadas, mas podem demonstrar uma variedade de alterações subcelulares.
            Para isso a celular dispõe de mecanismos de adaptação celular, respondendo ao aumento da demanda e ao estimulo externo por meio da hiperplasia ou da hipertrofia, e respondem à redução de nutrientes e de fatores de crescimento pela atrofia. Em algumas situações as células mudam de um tipo para outro, por um processo conhecido como metaplasia.
Se os limites da resposta adaptativa são excedidos, ou quando a célula é exposta a um agente lesivo ou estresse fisiológico mais severo, ocorre uma seqüência de eventos denominada lesão celular.
As causas das lesões celulares variam de acordo como a célula é exposta a um agente lesivo. Esta ate certo ponto é reversível mais se o estimulo persistir ou for severo o suficiente desde o início, a célula sofre lesão celular irreversível que é o processo de morte celular.
A ausência de oxigênio provoca a hipoxia no qual há uma redução na respiração aeróbica oxidativa, provocando uma lesão celular.

 Causas de lesão celular:

1º) Hipóxia (privação de oxigênio), devido a: ♦Isquemia (perda de suprimento de sangue);
   ♦Oxigenação inadequada (insuficiência cardiorrespiratória)
   ♦Transporte de O2 prejudicada (anemia, envenenamento por CO)
2º) Agentes Físicos: calor, frio, trauma, radiação e choque elétrico.
3º) Agentes químicos e drogas  (paracetamol, chumbo, álcool).
4º) Agentes infecciosos: vírus, riquétsias, bactérias, fungos e parasitas.
5º) Reações imunológicas: podem atuar na lesão celular ou na defesa contra agentes biológicos.
6º) Distúrbios genéticos: alterações cromossômicas.
7º) Desequilíbrios nutricionais: desnutrição, carência de vitaminas específicas, excessos nutricionais.


Tipos de mecanismos bioquímicos:
Diminuição de ATP
Dano mitocondrial
Fluxo intracelular de cálcio e perda da homeostasia
Acúmulo de radicais livres derivados do oxigênio

 

PATOLOGIA (REVISÃO)






O estudo da patologia divide-se em patologia geral e patologia especial ou sistêmica. A primeira aborda as reações básicas das células e tecidos a estímulos anormais que geram todas as doenças. A ultima examina a resposta especifica de órgãos e tecidos especializados a estímulos mais ou menos bem definidos.
            Os quatro aspectos básicos de um processo mórbido que formam o cerne da patologia são sua causa (etiologia) os mecanismos do seu desenvolvimento (patologia) as alterações estruturais induzidas nas células e órgãos do corpo (alterações morfológicas) e as conseqüências funcionais das alterações morfológicas (impotência clínica).
Essa disciplina tem por objetivo o ensino dos fenômenos gerais que presidem a gênese e a evolução das doenças e, em especial suas causas, mecanismos e conseqüências
O grande desafio, talvez, seja entender a doença. Saber como e por que determinadas lesões ocorrem em determinadas circunstâncias, e quais as suas conseqüências.

 O que se ENTENDE por DOENÇA?

É uma alteração orgânica geralmente constatada a partir de alterações na função de determinado órgão ou tecido, decorrentes de alterações bioquímicas e morfológicas causadas por alguma agressão, de tal maneira que se ultrapasse os limites de adaptação do organismo.
O estudo das doenças não é uma ciência exata, precisa-se, portanto saber interpretar os achados, não somente memorizar esquemas, circuitos e decisões.

DIA MUNDIAL DO CORAÇÃO (27/09/2009)




O último domingo de setembro é um dia especialmente dedicado à saúde cardiovascular. Ele foi escolhido para marcar o Dia Mundial do Coração, evento celebrado no mundo todo.
A data, criada em 1999 pela Federação Mundial do Coração, tem como objetivo conscientizar a população da importância das medidas que previnem as doenças cardiovasculares, que matam 17 milhões de pessoas por ano no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde.

E  uma das causas dessas doenças são a obesidade. De acordo com a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), é importante alertar a população para doenças causadas pelo excesso de peso. Para isso foi desenvolvida a Campanha Nacional de Combate à Obesidade, uma iniciativa que visa alertar a população sobre a melhor forma de prevenir o surgimento de doenças cardiovasculares através de uma vida mais saudável.
O excesso de peso impõe um trabalho maior não só ao coração, mas a todo o sistema circulatório, sendo a principal causa de aumento da pressão arterial. O que pode levar até mesmo ao desenvolvimento de insuficiência cardíaca, ou seja, a diminuição da capacidade do coração de cumprir a sua função de bombear efetivamente o sangue.
Pessoas com excesso de peso têm ainda risco mais elevado de desenvolver aterosclerose e problemas nas artérias coronarianas, o que é agravado ainda mais se o indivíduo for fumante, possuir hábitos sedentários e excesso de colesterol e triglicérides (tipos de gorduras circulantes no sangue).
Estudos demonstram que há diminuição do risco de doenças com a diminuição do peso. Mesmo com uma pequena diminuição do peso (como perder 5 a 10% do peso) já é possível diminuir os níveis de colesterol e pressão arterial, reduzindo os riscos de complicações cardiovasculares.
Os estudos também comprovam que mudanças nos hábitos de vida, como a introdução de exercício regular, eliminação do estresse diário e uma alimentação saudável, leva a uma diminuição dos riscos para o enfarte, derrame, tromboses e outras doenças relacionadas.

FONTE: Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO),


"Transplante é muito mais do que uma simples cirurgia. É um procedimento que envolve a mais profunda conexão entre seres humanos." - James F. Burdick

O transplante é, sem dúvida, a tão esperada resposta para milhares de pessoas com insuficiências orgânicas terminais ou cronicamente incapacitantes. É, sem dúvida, um procedimento médico com enormes perspectivas, porém impossível de ser executado sem o consentimento de uma população consciente da possibilidade, da necessidade e responsabilidade de depois da morte, destinar os seus órgãos para salvar vidas.
A conscientização da sociedade como um todo, tarefa de longo prazo, deve ser iniciada nas escolas, o centro ideal de formação integral dos jovens, incluindo o exercício da cidadania. Neste sentido, a incorporação dessa temática nos conteúdos curriculares dos diversos níveis de ensino é determinante para se lograr uma atitude crítica que permita o debate e a análise dos avanços científicos que influenciam a nossa saúde e determinam o rumo da nossa existência. Afinal de contas, os estudantes de hoje são os futuros médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, biólogos, engenheiros, pesquisadores, técnicos de laboratórios, cidadãos, governantes e potenciais doadores e receptores de órgãos, beneficiários da admirável tecnologia dos transplantes.

FONTE: ADOTE (Aliança Brasileira pela doação de órgãos e tecidos)

sexta-feira, 25 de setembro de 2009



Granulomatosa (formação de granulomas): tipo de inflamação em que se observam os granulomas, formações especiais de células que, de tão características, permitem um diagnóstico da doença mesmo sem a visualização do seu agente causal. Manifesta-se macroscopicamente ou clinicamente sob a forma de pequenos grânulos; daí o nome "granuloma".

A formação dos granulomas segue um padrão de defesa inflamatório em que se distinguem respostas de hipersensibilidade (imunológica). Inicialmente, há a proliferação de macrófagos, na tentativa de fagocitar o agente; essas células maturam e podem adquirir um padrão semelhante a célula epitelial, passando a chamar célula epitelóide; podem ainda se fusionar, originando as células gigantes multinucleadas. Essas células ocupam, inicialmente, a porção central do granuloma. Na periferia, são observados linfócitos do tipo T, os quais caracterizam uma resposta de hipersensibilidade tardia; acredita-se que modulem a resposta dos macrófagos. Mais na periferia ainda proliferam fibroblastos e vasos sangüíneos, os primeiros para dar suporte a estrutura granulomatosa e os segundos, para nutri-la. Com o passar do tempo e o crescimento de granuloma, sua porção central pode sofrer necrose caseosa, devido a carência nutricional. Forma-se, então, um centro necrótico.

FONTE:http://www.fo.usp.br/lido/patoartegeral/patoarteinfl10.htm

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

1º Pathoscópio



 Slide 1
Conceito 


Edema refere-se a um acúmulo anormal de líquido no espaço intersticial devido ao desequilíbrio entre a pressão hidrostática e osmótica. É constituído de uma solução aquosa de sais e proteínas do plasma e sua composição varia conforme a causa do edema. 
Slide 1

A condição no cotidiano 


O vazamento pode ser comparado como o edema quando observa-se o acúmulo de líquido no tecido intercelular (intersticial) ou em cavidades do organismo, secundário ao desequilíbrio de qualquer um dos fatores que controlam o movimento da água entre o compartimento vascular e os espaços teciduais.
 





terça-feira, 22 de setembro de 2009

RELAXANDO O PESCOÇO, UMA ÓTIMA DICA DE SAÚDE PARA AMENIZAR O ESTRESSE!!!

O dia foi difícil. Seu corpo denuncia os músculos do pescoço estão travados e a dor tanta que mal dá para virar de lado. Esta é uma área muito sensível, além de ser pouco movimentada durante o dia , afirma o clínico geral Samir Rahme, professor da Associação Brasileira de Medicina Antroposófica (área do conhecimento que busca compreender e tratar o ser humano considerando sua relação com a natureza, sua vida emocional e sua individualidade).



Por que acumulamos tensão no pescoço?


No pescoço, estão localizados vários músculos, entre os quais o esternocleidomastóide e o trapézio. Eles têm a função de movimentar a cabeça e mantê-la em posição vertical. Nossa cabeça é mantida numa atitude mental excessiva, além de permanecer numa postura quase estática, que levam a tensões e dores nessa região.



Quais são o vícios de postura que mais levam a isso?

A postura mais viciada é, sem dúvida, ficar na frente de uma tela de computador por várias horas, com movimentos mínimos no pescoço. Isso combinado à má posição da coluna quando se senta. A dor se concentra na região da nuca, e não nas laterais, porque é aí onde estão os principais músculos de sustentação do pescoço.



E qual a relação das emoções com essas dores?

Quando maior a preocupação e o desanimo, maior a possibilidade de transferir as tensões para essa região. Nela está localizado o chacra laríngeo ou Vishudda Chacra. Trata-se de um centro de energia diretamente ligado à expressão pessoal. Ou seja, sempre que houver qualquer tipo de ansiedade relacionada à comunicação, é provável que o nível de tensão nesta área aumente.



Que movimentos podem evitar estas dores?

Alongamentos são a melhor forma de aliviar a tensão. Mas não adianta dar uma esticadinha só quando o pescoço já está todo dolorido. O melhor mesmo é transformar isso num hábito.



Rotação do pescoço:

Sente-se numa cadeira, mantendo pescoço, ombros e tronco retos. Primeiro, vire lentamente a cabeça para a direita. Volte à posição inicial e repita para o lado esquerdo. Faça o movimento 10 vezes para cada lado.



Flexão lateral do pescoço:

Incline o pescoço lateralmente até encostar a orelha no ombro (ou até onde você conseguir, sem que haja dor). Tome cuidado para não levantar o ombro, ele precisa ficar relaxado para que o alongamento surta efeito. Repita 10 vezes pra cada lado.



Flexão do pescoço

Dobre a cabeça para frente, encostando o queixo no peito. Mantenha aposição por 5 segundos e repita o movimento 10 vezes.



Extensão do pescoço

Leve a cabeça para trás, até que o queixo esteja apontando para o teto. Repita 10 vezes.



Extensão do Trapézio Superior
O músculo trapézio superior conecta o ombro à cabeça. Para exercitá-lo, sente em uma posição reta, coloque o braço direito atrás das costas e, gentilmente, puxe a cabeça na direção do ombro esquerdo, com a mão esquerda. O alongamento será sentido do lado direito. Mantenha por 30 segundos, volte à posição inicial e repita para o outro lado.



Alongamento Escaleno:

Esse exercício alonga os músculos do pescoço que se ligam às costelas. Sente-se com a coluna ereta e entrelace uma mão na outra, atrás das costas. Abaixe o ombro esquerdo e dobre o pescoço para a direita. Mantenha por 20 segundos e retorne à posição inicial. Abaixe o ombro direito e dobre o pescoço para a esquerda até sentir alongar. Mantenha por 20 segundos e repita 3 vezes de cada lado.



Por que uma massagem libera esta tensão?

Os movimentos realizados pelo massagista fazem com que os músculos voltem a posição normal, daí a sensação de relaxamento. Algumas essências tornam este processo ainda mais eficiente, como é o caso da lavanda. Usar um óleo à base dela é garantia de tensão desfeita com facilidade.



Por que tem gente que consegue estalar o pescoço?

Pessoas que conseguem estalar o pescoço, normalmente, têm uma musculatura bem relaxada. Esse movimento, entretanto, pode tanto aliviar as tensões com agravá-las. O ideal é combinar o movimento à respiração correta. Respire fundo e segure o ar. Vá soltando devagar, enquanto estalar, evitando os movimentos bruscos. Na dúvida, procure um quiropata e peça uma orientação mais específica para estalar suas vértebras cervicais sem se machucar.

1° PATHOSCÓPIO RELACIONADO À HEMORRAGIA!!!

Hemorragia ou sangramento é a perda de sangue do sistema circulatório. A resposta inicial do sistema cárdio-circulatório à perda aguda de sangue é um mecanismo compensatório, isto é, ocorre vasoconstrição cutânea, muscular e visceral, para tentar manter o fluxo sanguíneo para os rins, coração e cérebro, órgãos mais importantes para a manutenção da vida.


Os reservatórios depois de extremamente cheio vem as consequências: açudes estourados, pontes e estradas destruídas, vales inundados, famílias ilhadas, cidades sem acesso...assemelha-se ao processo de hemorragia e os danos ocasionados.