sexta-feira, 28 de agosto de 2009
PREVENÇÃO DE CÁLCULOS BILIARES ATRAVÉS DO CHÁ
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Um Mineral Básico e Essencial

ÚLCERAS DE BURULI
É uma doença tropical negligenciada que pode ser tratada, é causada pela micobacterium ulcerans, da família das bactérias que causam a tuberculose e a lepra. A doença caracteriza-se por lesões cutâneas que persistem, sem cicatrização.
Foi identificada em cerca de 30 países, tanto de África como da América Latina, Ásia e Austrália. Embora descrita desde 1948, persistem muitas dúvidas sobre a transmissão, profilaxia e tratamento desta doença necrotizante da pele e tecido subcutâneo manifestada por úlceras cutâneas que pode atingir áreas extensas do corpo, desfigurando e incapacitando permanentemente os indivíduos afetados.
A Úlcera de Buruli não se transmite por contágio direto entre pessoas e havia a possibilidade de a transmissão ocorrer a partir de uma forte ambiental, nomeadamente em áreas perto de rios, pântanos e águas estagnadas. O agente infecciosso virulento existe em insetos aquáticos nas zonas endémicas da doença, poderão desenvolver-se estratégias para evitar a sua transmissão aos seres humanos.
CALCIFICAÇÃO PATOLÓGICA
Incrustração de sais em tecidos previamente lesados, com processos regressivos ou necrose.
Os cristais de fosfato de cálcio depositados nas calcificações patológicas são similares à hidroxiapatita do osso. A deposição ocorre em duas etapas: iniciação (ou nucleação) e proliferação (ou crescimento). A nucleação é a acomodação dos hexágonos de hidroxiapatita na intimidade da molécula de colágeno ou de osteonectina. A fase intracelular da nucleação ocorre nas mitocôndrias de células mortas ou lesadas. A fase extracelular ocorre em estruturas denominadas "vesículas da matriz", - organelas extracelulares que têm composição e atividade enzimática distinta das membranas plasmáticas que lhes deram origem. Possuem 25 a 250 nm de diâmetro e são originadas de células degeneradas ou necróticas, na vizinhança da área de calcificação. Fosfolipídios ácidos presentes nessas vesículas, principalmente a fosfatidilserina, agem como captadores e precipitadores de cálcio. Além disso, fosfatases também presentes nessas vesículas parecem reprimir os mecanismos inibitórios da precipitação dos sais, representados pelos pirofosfatos e proteoglicanos. A proteólise destes aumenta a formação da hidroxiapatita por permitir maior mobilidade de íons, facilitando a saturação dos fluidos extracelulares. A etapa de proliferação do núcleo é a progressão autocatalítica da deposição dos sais e é influenciada por múltiplos fatores extracelulares, tais como: cálcio, fósforo e fosfatase alcalina, análogos da osteocalcina, osteopontina, pH do tecido, vitamina D, balanço hormonal, suprimento sangüíneo e solução de continuidade de tecidos moles.
CALCIFICAÇÃO METASTÁTICA
Calcificação heterotópica provocada pelo aumento da calcemia em tecidos onde não exista necessariamente lesão prévia.
A Insuficiência renal crônica provoca retenção de fosfatos (hiperfosfatemia por hipofosfatúria) o que determinará maior secreção de paratôrmonio no sentido de se equilibrar a relação cálcio-fósforo no sangue. Assim, a hiperfosfatemia induz a elevação da calcemia por excessiva mobilização óssea, às vezes ultrapassando o limiar de solubilidade do cálcio e fósforo no plasma, permitindo a sua precipitação nos tecidos.
O PROCESSO NORMAL DAS CALCIFICAÇÕES
domingo, 23 de agosto de 2009
QUEM GOSTA DE PIPOCA NO CINEMA...
terça-feira, 18 de agosto de 2009
apoptose por tiririca
sábado, 15 de agosto de 2009
Aumenta a sobrevida de um portador de HIV em tratamento
Na mesma semana em que foi decodificada a estrutura completa do genoma do HIV-1, a variante mais disseminada do vírus da doença, responsável por 70% dos casos fatais de AIDS, um editorial da revista BMJ (British Medical Journal) reavaliou a mortalidade atual da doença, em face de novas terapias antirretrovirais.
O fato é que a introdução da terapia anti-retroviral na década de 1990 transformou a vida das pessoas com HIV e AIDS. O que foi outrora uma doença rapidamente progressiva, com uma esperança de vida muitas vezes medida em meses, tornou-se agora mais uma doença crônica onde tratamentos eficazes, bem tolerados, e amplamente disponíveis permitem que as pessoas afetadas levem suas vidas de modo relativamente normal.
Segundo o editorial da revista, noventa anos atrás um avanço terapêutico semelhante, o isolamento da insulina, transformou a vida de pessoas com diabetes tipo 1. Agora, modelos baseados em dados empíricos estimam que uma pessoa com 25 anos de idade e portadora do HIV, quando adequadamente tratada com terapia antirretroviral, pode esperar desfrutar de uma sobrevida média de 35 anos, muito semelhantes à sobrevida de um indivíduo da mesma idade com diabetes tipo 1.
Leia mais:
· O editorial está disponível para assinantes do BMJ à partir do link http://www.bmj.com/cgi/content/extract/338/jun18_1/b2165
· Leia mais sobre a codificação do genoma do HIV-1 na revista Veja desta semana em www.veja.com.br
· Leia mais sobre o HIV em Boa Saúde, em http://boasaude.uol.com.br/lib/showdoc.cfm?LibCatID=-1&Search=HIV&LibDocID=4403
· Leia sobre o HIV em Bibliomed (para assinantes), em http://bibliomed.uol.com.br/news/index.cfm?news_id=5855&mode=browse , ou digite “HIV tratamento” e faça uma busca no site (no campo de Busca).
A apoptose na luta contra o câncer
Fonte: Biotec AHG
A apoptose não ocorre em células cancerosas, assim sendo, elas sobrevivem e podem formar tumores. Uma proteína chamada procaspase-3, presente em todas células, é transformada pelo organismo em uma enzima chamada caspase-3, dando início ao processo de destruição das células.
O fato deste processo natural de autodestruição não ocorrer em células cancerosas, levou os pesquisadores da Universidade de Ilinois a pesquisar mais de 20.000 substâncias sintéticas na esperança de encontrar uma que pudesse ativar a transformação da procaspase-3 em caspase-3.
Os pesquisadores encontraram uma molécula chamada PAC-1, a qual tem a capacidade de fazer a transformação necessária para que o processo de auto-destruição possa ser ativado causando assim a morte da célula cancerosa. Testes realizados em células cancerosas de ratos e de tumores humanos mostraram que a adição da PAC-1 ativa o processo de apoptose.
As pesquisas mostraram também que quanto maior a quantidade da proteína procaspase-3 nas células cancerosas, menor a quantidade de PAC-1 necessária para que ocorra a transformação. Outra descoberta feita pelos pesquisadores foi que as células saudáveis com níveis menores de procaspase-3 são pouco afetadas pela adição de PAC-1.
Segundo o coordenador da pesquisa, Paul Hergenrother, a habilidade do PAC-1 em ativar as enzimas relacionadas à autodestruição das células traz a possibilidade de selecionar os pacientes pela quantidade de procaspase-3 encontrada nas células do tumor, o que pode fazer com que o tratamento se torne individualizado.
“Apesar de representar uma nova terapia para o tratamento de vários tipos de câncer, maiores testes clínicos são necessários para verificar se possíveis efeitos adversos podem ocorrer em humanos”, comentou Michael Olson do Câncer Research UK.
Mangostão : Uma dádiva para a sua saúde
Anti-cancerígeno
O cancro começa sempre com uma única mudança numa única célula. Diariamente o sistema imunitário literalmente elimina imensas células aberrantes, que se poderiam tornar cancerígenas. A actividade anti-cancerígena dos fitocêuticos está bem documentada. Proantocianidinas, catequinas (derivadas de taninos) e polissacáridos, encontrados em muitas plantas e em altas concentrações no Mangostão, já demonstraram, em laboratório, terem capacidade protectora contra o cancro, em pelo menos três vertentes distintas:
- Previnem a formação de compostos carginogénicos ao bloquearem os co-carcinogénicos (como sejam: o fumo do tabaco, o álcool, as inflamações locais crónicas ou até o uso prolongado de contraceptivos orais, entre outros factores);
- Estimulam as defesas naturais que promovem a desintoxicação do organismo;
- Suprimem directamente o desenvolvimento de tumores.
Por tudo isto, o Mangostão é útil quando utilizado em conjugação com outros tratamentos que a medicina oferece para o cancro, e proporciona todos os seus benefícios sem haver necessidade de parar qualquer outra terapia.
O que diz a ciência???
Os seguintes estudos constam, mais detalhadamente, no Compêndio Clínico.
Anti-cancer effects of xanthones from pericarps of mangosteen.
Os autores já tinham feito um estudo sobre os efeitos que quatro xantonas preniladas (i.e. submetidas à adição de moléculas hidrofóbicas*) têm no impedimento da proliferação de várias células cancerígenas humanas. Tratou-se das xantonas alpha-mangostin, beta-mangostin, gamma-mangostin, e methoxy-beta-mangostin, sendo que todas elas, excepto a methoxy-beta-mangostin, inibiram fortemente a proliferação de células DLD-1 do cancro do cólon.
Neste estudo, pretende-se explicar o mecanismo que faz com que as referidas xantonas inibam o desenvolvimento das células DLD-1. Os investigadores confirmaram que estas xantonas interferem no ciclo celular das células cancerígenas em várias vertentes, sendo que a alpha-mangostin induz a apoptose* destas células. Concluiram também que existem efeitos sinergéticos no tratamento combinado da droga 5-FU e de alpha-mangostin. Em cobaias, verificou-se ainda que a alpha-mangostin tem um efeito preventivo de carcinogénese. Concluiram também que, quer a alpha-mangostin, quer a gamma-mangostin, promovem a actividade das células exterminadoras naturais* em cobaias.
Estas evidências indicam pois que o desenvolvimento das xantonas enquanto agentes para a prevenção do cancro deve ser tido em conta, bem como deve ser considerada a sua combinação com terapias baseadas em medicamentos de combate ao cancro.
Antiproliferation, antioxidation and induction of apoptosis by Garcinia mangostana (mangosteen) on SKBR3 human breast cancer cell line.
Este estudo teve como objectivo determinar os capacidades de anti-proliferação, de apoptose* e antioxidativas, do extracto do pericarpo do Mangostão, sobre células SKBR3 do cancro da mama. Estas células foram cultivadas e submetidas ao extracto do pericarpo do Mangostão.
Os cientistas confirmaram o efeito anti-proliferativo daquele extracto, e confirmaram que o mesmo estava associado à apoptose* das células cancerígenas. A confirmação da apoptose* foi feita porque ocorreram alterações morfológicas, bem como fragmentação oligonucleossomal do ADN (que é um processo que ocorre quando existe apoptose*). Adicionalmente, os cientistas verificaram ainda que aquele extracto tem capacidade para inibir a produção de espécies reactivas de oxigénio (radicais livres).
Concluíram pois que o extracto do pericarpo do Mangostão tem fortes capacidades anti-proliferativas, antioxidantes e promotoras de apoptose* das células cancerígenas, o que indica que este extracto tem potencial para a ser utilizado farmacologicamente na prevenção deste tipo de cancro.
Garcinone E, a xanthone derivative, has potent cytotoxic effect against hepatocellular carcinoma cell lines.
O tratamento do cancro hepático através de quimioterapia, tem geralmente desapontado e é mais do que necessário ter novas e mais eficientes abordagens assentes em novos fármacos.
Os investigadores extraíram e purificaram 6 compostos de xantonas do pericarpo do Mangostão. Fizeram, com este extracto, testes em 14 linhas diferentes de cancro hepático humano. Vários agentes da quimioterapia foram incluídos neste teste, para termo de comparação.
Os resultados demonstraram que um dos derivados das xantonas, a garcinone E, tem um potente efeito citotóxico (ou seja, elimina células), em todas as linhas de células cancerígenas hepáticas, bem como noutras linhas de células cancerígenas, gástricas e do pulmão, que foram igualmente incluídas neste estudo.
Os investigadores concluíram que a garcinone E pode ser fortemente útil no tratamento de certos tipos de cancros.
Inhibitory effects of crude alpha-mangostin, a xanthone derivative, on two different categories of colon preneoplastic lesions induced by 1, 2- dimethylhydrazine in the rat.
Pretendeu-se com este estudo analisar o impacto da xantona alpha-mangostin em termos de efeitos preventivos a curto-prazo, do surgimento de lesões pré-neoplásicas relativas a cancro do cólon de cobaias.
Trinta e três cobaias com cinco semanas de idade, foram divididas em cinco grupos. Aos grupos 1 a 3 foi dada uma injecção de 1,2-Dimethylhydrazine (utilizado para provocar cancro do cólon nas cobaias) por semana durante duas semanas. Às cobaias dos grupos 2 e 3, uma semana antes de iniciarem aquelas injecções, teve início a administração de uma dieta alimentar contendo respectivamente 0,02% e 0,05% da xantona alpha-mangostin. Esta dieta durou 5 semanas. Às cobaias do grupo 4 foi também administrada uma dieta com 0,05% de alpha-mangostin, enquanto que as cobaias do grupo 5 serviram de controlo, sem qualquer tratamento.
A experiência terminou cinco semanas depois de iniciar. Ambas as doses de alpha-mangostin, administradas aos grupos 2 e 3, exibiram uma capacidade inibitória de indução e/ou desenvolvimento de lesões pré-neoplásicas relativas a cancro do cólon, quando comparado com o grupo 1. Além disso, verificou-se que a administração de 0,05% de alpha-mangostin, ao grupo 3, diminuiu significativamente, comparativamente ao grupo 1, as displasias e a acumulação de beta-cateninas (que funcionam como oncogene, ou seja, que promovem a transformação de uma célula saudável numa célula cancerígena). As lesões detectadas nos grupos 2 e 3 foram igualmente significativamente mais baixas que as detectadas no grupo 1, e este efeito teve correlação com a dose de alpha-mangostin.
Os investigadores concluíram que a alpha-mangostin tem, curto-prazo, fortíssimos efeitos preventivos no cancro do cólon, e este estudo sugere ainda que exposições mais prolongadas podem resultar na supressão do desenvolvimento tumoral.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Doença de Pompe

Apoptose
O termo "apoptose" foi introduzido em 1972, mas somente no início da década de 90 começou a ser intensamente investigado. "Apoptose" origina-se do grego e significa "cair fora" (Cotran et al., 1996), ou seja, é o mecanismo pelo qual a célula promove a sua autodestruição de modo programado. Esse fenômeno já foi observado, dentre outros processos, durante a embriogênese (principalmente nas fases de organogênese e de involução), durante os processos de metamorfose (relacionados principalmente a metaplasias), em quadros de alteração hormonal, como a menopausa (envolvendo as células endometriais), em tumores com fases de regressão ou de intensa proliferação e em algumas doenças virais (como a hepatite viral). A importância desse mecanismo, em primeira instância considerado normal, relaciona-se primeiramente ao controle da densidade populacional de células normais; pode ser interpretado também como o instrumento de deleção de células danificadas por toxinas, radiação ou outros estímulos.
Os eventos celulares que fazem parte da apoptose incluem, inicialmente, a condensação da cromatina nuclear, oriunda da fragmentação do DNA por endonucleases; o mecanismo da ativação dessas endonucleases ainda não está completamente estabelecido. Há também diminuição do volume celular, decorrente de ligações interprotéicas no citoplasma. As células em apoptose manifestam receptores para macrófagos, os quais fagocitam essas células. Todos esses eventos são controlados por genes responsáveis pelo crescimento e diferenciação celular.
Necrose
"Morte de uma célula ou de parte de um tecido em um organismo vivo".
A necrose é a manifestação final de uma célula que sofreu lesões irreversiveis. Segundo Guidugli-Neto (1997), o conceito de morte somática envolve a "parada definitiva das funções orgânicas e dos processos reversíveis do metabolismo". A necrose é a morte celular ou tecidual acidental em um organismo ainda vivo, ou seja, que ainda conserva suas funções orgânicas. Vale dizer que é natural que a célula morra, para a manutenção do equilíbrio tecidual. Nesse caso, o mecanismo de morte é denominado de "apoptose" ou "morte programada".
A etiologia da necrose envolve todos os fatores relacionados às agressões, podendo ser agrupadas em agentes físicos, agentes químicos e agentes biológicos:
1) Agentes físicos: Ex.: ação mecânica, temperatura, radiação, efeitos magnéticos;
2) Agentes químicos: compreendem substâncias tóxicas e não-tóxicas. Ex.: tetracloreto de carbono, álcool, medicamentos, detergentes, fenóis etc.
3) Agentes biológicos: Ex.: infecções viróticas, bacterianas ou micóticas, parasitas etc.
Esses agentes provocam o comprometimento dos níveis celulares de respiração aerobica, de Síntese protéica, de manutenção da integridade das membranas celulares e de manutenção da capacidade de multiplicação celular (RNA e DNA). A ação das causas sobre esses sistemas provoca a perda da homeostase e da morfostase celular de tal forma que a célula perde a sua vitalidade. A necrose, assim, abrange alterações regressivas reversíveis que, em algum ponto e por algum estímulo desconhecido, passam a ser Ireverssíveis;instalada a irreversibilidade e a necrose propriamente dita, inicia-se o processo de desintegração celular (autólise).
As mudanças na morfostase se dão, principalmente, nos núcleos, os quais apresentam alteração de volume e de coloração à microscopia óptica. Essas alterações são denominadas de:
1) Picnose: o núcleo apresenta um volume reduzido e torna-se hipercorado, tendo sua cromatina condensada; característico na apoptose;
2) Cariorrexe: a cromatina adquire uma distribuição irregular, podendo se acumular em grumos na membrana nuclear; há perda dos limites nucleares;
3) Cariólise ou cromatólise: há dissolução da cromatina e perda da coloração do núcleo, o qual desaparece completamente.
Já as modificações citoplasmáticas observadas ao microscópio óptico (essas modificações são secundárias às nucleares, sendo visíveis mais tardiamente) consistem na presença de granulações e espaços irregulares no citoplasma. Este torna-se opaco, grosseiro, podendo estar rompida a membrana citoplasmática. Intensa eosinofilia é característica, decorrente de alterações lisossomais e mitocondriais.
As mudanças na homeostase ainda constituem capítulo obscuro na patologia segundo Guidugli-Neto (1997). Estudos moleculares têm mostrado que o primeiro evento observado é a alteração na bomba de sódio e potássio, provocando edema intracelular. O metabolismo celular é mantido graças à glicólise; acabando-se a reserva de glicogênio, ácidos são acumulados no interior da célula (principalmente ácido lático), o que leva à diminuição do pH. A acidez provoca a liberação de enzimas lisossomais, o que gera a hidrólise de proteínas essenciais para a célula (processo denominado de autólise)(Guidugli-Neto, 1997) .Observa-se que a perda da homeostase envolve o sistema respiratório celular (as mitocôndrias), o sistema enzimático (os lisossomas) e o sistema de membranas, o qual parece ter um papel crucial para o estabelecimento de lesões irreversíveis na célula.TIPOS DE NECROSE


3) Necrose caseosa: tecido esbranquiçado, granuloso, amolecido, com aspecto de "queijo friável". Microscopicamente, o tecido exibe uma massa amorfa composta predominantemente por proteínas. É comum de ser observada na tuberculose, em neoplasias malignas e em alguns tipos de infarto. Na sífilis, por ter consistência borrachóide, é denominada de necrose gomosa. 4) Necrose fibrinóide: o tecido necrótico adquire uma aspecto hialino, acidofílico, semelhante a fibrina. Pode aparecer na ateroesclerose, na úlcera péptica etc.
Fases da necrose - Baço
Transformações nucleares e citoplasmáticas observadas nas células de baço que sofreram necrose por coagulação. Em A, observam-se as células normais que compõem o baço; em B, núcleo em picnose, com diminuição de volume e intensa basofilia (hipercromatismo); em C, cariorrexe, ou seja, distribuição irregular da cromatina, a qual se acumula na membrana nuclear; nessa fase, o núcleo pode se fragmentar (D); em E, dissolução da cromatina e desaparecimento da estrutura nuclear. Observa-se também granulação do citoplasma, o qual se torna também intensamente eosinofílico (HE, 1000X).
Necrose por Coagulação no Baço
O tecido necrótico é caracterizado por intensa eosinofilia, devido à diminuição de pH oriunda da autólise. Nesse campo, ainda é possível visualizar a estrutura celular e alguns núcleos em diferentes estágios de perda de estrutura; com a evolução do processo de autodigestão, a tendência é a estrutura célula desaparecer completamente (HE, 1000X).
Morte celular e Necrose
NECROSE
"Morte de uma célula ou de parte de um tecido em um organismo vivo".
A necrose é a manifestação final de uma célula que sofreu lesões irreversiveis. Segundo Guidugli-Neto (1997), o conceito de morte somática envolve a "parada definitiva das funções orgânicas e dos processos reversíveis do metabolismo". A necrose é a morte celular ou tecidual acidental em um organismo ainda vivo, ou seja, que ainda conserva suas funções orgânicas. Vale dizer que é natural que a célula morra, para a manutenção do equilíbrio tecidual. Nesse caso, o mecanismo de morte é denominado de "apoptose" ou "morte programada".
A etiologia da necrose envolve todos os fatores relacionados às agressões, podendo ser agrupadas em agentes físicos, agentes químicos e agentes biológicos:
1) Agentes físicos: Ex.: ação mecânica, temperatura, radiação, efeitos magnéticos;
2) Agentes químicos: compreendem substâncias tóxicas e não-tóxicas. Ex.: tetracloreto de carbono, álcool, medicamentos, detergentes, fenóis etc.
3) Agentes biológicos: Ex.: infecções viróticas, bacterianas ou micóticas, parasitas etc.
Esses agentes provocam o comprometimento dos níveis celulares de respiração aerobica, de Síntese protéica, de manutenção da integridade das membranas celulares e de manutenção da capacidade de multiplicação celular (RNA e DNA). A ação das causas sobre esses sistemas provoca a perda da homeostase e da morfostase celular de tal forma que a célula perde a sua vitalidade. A necrose, assim, abrange alterações regressivas reversíveis que, em algum ponto e por algum estímulo desconhecido, passam a ser Ireverssíveis;instalada a irreversibilidade e a necrose propriamente dita, inicia-se o processo de desintegração celular (autólise).
As mudanças na morfostase se dão, principalmente, nos núcleos, os quais apresentam alteração de volume e de coloração à microscopia óptica. Essas alterações são denominadas de:
1) Picnose: o núcleo apresenta um volume reduzido e torna-se hipercorado, tendo sua cromatina condensada; característico na apoptose;
2) Cariorrexe: a cromatina adquire uma distribuição irregular, podendo se acumular em grumos na membrana nuclear; há perda dos limites nucleares;
3) Cariólise ou cromatólise: há dissolução da cromatina e perda da coloração do núcleo, o qual desaparece completamente.
Já as modificações citoplasmáticas observadas ao microscópio óptico (essas modificações são secundárias às nucleares, sendo visíveis mais tardiamente) consistem na presença de granulações e espaços irregulares no citoplasma. Este torna-se opaco, grosseiro, podendo estar rompida a membrana citoplasmática. Intensa eosinofilia é característica, decorrente de alterações lisossomais e mitocondriais.
As mudanças na homeostase ainda constituem capítulo obscuro na patologia segundo Guidugli-Neto (1997). Estudos moleculares têm mostrado que o primeiro evento observado é a alteração na bomba de sódio e potássio, provocando edema intracelular. O metabolismo celular é mantido graças à glicólise; acabando-se a reserva de glicogênio, ácidos são acumulados no interior da célula (principalmente ácido lático), o que leva à diminuição do pH. A acidez provoca a liberação de enzimas lisossomais, o que gera a hidrólise de proteínas essenciais para a célula (processo denominado de autólise)(Guidugli-Neto, 1997) .Observa-se que a perda da homeostase envolve o sistema respiratório celular (as mitocôndrias), o sistema enzimático (os lisossomas) e o sistema de membranas, o qual parece ter um papel crucial para o estabelecimento de lesões irreversíveis na célula.
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Doença de Parkinson: Possíveis causas
Mecanismos de lesão neuronal
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Inauguração!!!



